ENVELHECIMENTO TIPICO, COMPROMETIMENTO COGNITIVO E DEMENCIA


Ao pensar em desenvolvimento e envelhecimento cognitivo, temos que ter em conta sobre o típico e o atípico. Isso é pensado na observação cognitiva, linguística e comportamental dos idosos e como impacta na vida da pessoa.

Quando pensamos em envelhecimento típico, observamos menos palavras para exprimir as mesmas ideias, normalmente essas palavras são mais simples e corriqueiras; discurso redundante; apresenta manutenção da estrutura da língua; alterações de atenção, memória, funções executivas; dificuldade de acessar a forma da palavra, normalmente palavras de baixa frequência; menor velocidade de compreensão.

De forma geral, percebemos uma diminuição na fluência da conversa, sendo um pouco mais arrastada, pausada, repetitiva, pouco preciso, mesclando algumas histórias, porém não interferindo em nível linguístico, compreensivo, social e interativo da pessoa.

Porém é necessário observar quando esses comportamentos começam a interferir na vida cotidiana desses idosos. Pensando nessas problemáticas, podemos definir dois itens de comprometimento:


-> Comprometimento Cognitivo Leve - CCL.

-> Demências (relatado no próximo post).


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COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE

Caracterizamos esses idosos como uma fase intermédia entre o funcionamento cognitivo esperado para o envelhecimento normal e os déficits que caracterizam a demência.

É evidenciado por queixas cognitivas por meio de testes, seja memória, função executiva, linguagem, habilidades visuo-espaciais, exame neuropsicológicos; mas não satisfaz o critério para demência. Essas queixas de alteração cognitiva que apresenta podem ser feitas pelo próprio paciente ou pelo informante/familiar.

As alterações presentes NÃO INTERFEREM NA FUNCIONALIDADE DO PACIENTE. Ou seja, há ausência de comprometimento mínimo nas atividades de vida diária.

Quanto a linguagem, temos resultados influentes na fluência verbal (diminui a velocidade de fala, alteração na fala espontânea), nomeação (anomia, lembrar os nomes, troca de nomes – quer dizer cachorro, mas fala animal ou gato -, nem sempre se beneficia de pistas, esquece palavras novas e de baixa frequência em sua fala), e compreensão (quando demanda conhecimento contextual diferente do habitual, outros sotaques, inferencial adicional).